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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Bom dia!! Estou na expectativa do recesso, mas enquanto ele não chega, finjo que posso prestar-me ao luxo de devanear com minha Flor de Junho!

domingo, 2 de julho de 2017

Julho, aqui estás!!

A celeridade com que esse ano está passando me atordoa! Parece que foi ontem que recepcionei o ano novo, mas ele já descamba pra velhice! O saldo desse semestre?? Positivo! Percebo-me meio cética em relação a algumas coisas, a algumas pessoas, mas... permaneço certa de que dias melhores virão. Ao longo desses seis meses, concretizei coisas bem legais! Verdadeiras viagens " na maionese" que deram certo (ahahahah), renovei meu estoque de cicatrizes, mas cicatrizes trazem em si histórias... e cá estamos! Pretendo, ao longo desse semestre que me resta, fazer algo de útil pelo mundo (pelo meu mundo!) e isso, embora utópico, é mola propulsora para mim! Falando de mundos particulares, deixo esse fragmento de Alberto Caeiro, constante em "O Guardador de Rebanhos": "Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver." Eu sou Caeiro!! Sigamos, sigamos! O caminho não para porque a gente parou!

O Retorno da Filha Pródiga!!

Isso aí, isso aqui!! Após longo período de ausência, eis-me aqui!Uma fênix que ressurge nas "chamas incandescentes do candeeiro de Gonzaga!! A mesma que alumiou o Nordeste e incendiou o mundo inteiro!" Junho veio com seus Santos e encantos e isso, de certa forma, reacendeu minha fé, um tanto murcha. Lembei-me de outros junhos, de idos meses de festejos e folguedos, dos correios elegantes e da deselegante timidez diante do "caipira favorito". Tempo que passa, vida que segue, e a certeza de que posso me nutrir dessa coisa boa que é a vivência do que é nosso, incluindo os sonhos.Pra eles, é sempre primavera! tenho propósito de postar um pouquinho de minha vida, ainda que minha vida, hoje, seja pautada na correria. Se eu não conseguir, paciência! Fica a certeza e o consolo de ter tentado!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

palavras de um catedrático



Cirurgia de lipoaspiração?

Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém, nem falar do que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração? uma coisa é saúde outra é obsessão.

O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião, é dieta. Fé, só na estética.

Ritual é malhação. Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem.

Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia.

Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.

A gostosona da TV tem muito mais consideração do que a que está ao seu lado? A mulher mais bonita do mundo é aquela que você escolheu e que te ama. A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem? A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz,não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza.

Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada..

Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal,mas…

Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.

Não é; não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto.. Que alguém acorde. Que o mundo mude. Que eu me acalme… Que o amor sobreviva. Pois esse sim, ninguém poderá mudá-lo; o amor será sempre naturalmente belo e verdadeiro..

‘Cuide bem do seu amor, seja ele quem for’.

Herbert Vianna (Cantor e Compositor)

ps. recebi por e-mail e aqui o deixo a título de reflexão.

domingo, 30 de agosto de 2009

**Janelas do Tempo**




Amados,encontrei a relíquia acima em meio à "memórias, crônicas" e recordações, e, embora sem autorização prévia dos portentos que a ilustram, resolvi publicar(uso indevido da imagem alheia??).

Trata-se,de um momento retrô, porém de imensurável felicidade e pleno de magia- os presentes que não me deixem mentir, e aqui apresento- a como passaporte para esse tempo ido, cujas janelas se abriam para um futuro risonho e promissor que hoje, felizmente, é presente.

Para melhor representar essa fase vintage, nada mais lindo que o texto de Cecília, que tão bem descreve suas janelas!
Um grande Beijo.


A ARTE DE SER FELIZ

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos
dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.

HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra
esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e
outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.

Cecília Meireles




Que as janelas da tua vida se abram sempre para belas paisagens, mas se em certas ocasiões você apenas vir a terra seca de um mundo agreste lembra-te que a fertilidade dos sonhos é, antes de tudo,refrigério para a alma... e sê feliz!

Márcia (em constante processo de construção da felicidade)